terça-feira, 21 de outubro de 2008

Machado de Assis

Menina e moça

A Ernesto Cibrão


Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.


Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem cousas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.


Outras vezes valsando, o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.


Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir as asas de um anjo e tranças de uma huri.


Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.


Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.


Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.


Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando-se talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.


Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!


Ah! se nesse momento, alucinado, fores
Cair-lhe aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar de teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.


É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

No alto

O poeta chegara ao alto da montanha,
E quando ia a descer a vertente do oeste,
Viu uma cousa estranha,
Uma figura má.

Então, volvendo o olhar ao subtil, ao celeste,
Ao gracioso Ariel, que de baixo o acompanha,
Num tom medroso e agreste
Pergunta o que será.

Como se perde no ar um som festivo e doce,
Ou bem como se fosse
Um pensamento vão,

Ariel se desfez sem lhe dar mais resposta.
Para descer a encosta
O outro lhe deu a mão.

Machado de Assis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Joaquim Maria Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis
Nascimento 21 de junho de 1839
Rio de Janeiro, Brasil
Falecimento 29 de Setembro de 1908 (69 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Romancista, contista, poeta, dramaturgo, cronista, crítico literário
Magnum opus Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba, O alienista (conto)
Influências William Shakespeare, Voltaire, Luciano de Samósata, Laurence Sterne, Manoel Antonio de Almeida,Arthur Schopenhauer, José de Alencar, Jonathan Swift, La Rochefoucauld, Edgar Allan Poe
Influenciados Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Cyro dos Anjos, Murilo Rubião

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um romancista, contista, poeta e teatrólogo brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura desse país e identificado, pelo crítico Harold Bloom, como o maior escritor afro-descendente de todos os tempos.

Sua vasta obra inclui também crítica literária. É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante tradutor, vertendo para o português obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis.

ViVa a Vida!

Viva a Vida!
Viva...
Viva intensamente a aurora de cada dia.
Faça de cada momento um
devaneio contínuo.
Torne-se mais e mais forte.

Sonhe...
Sonhe...
E conquiste seus sonhos. Acorde a cada
amanhecer, com a certeza de que
tudo poderá acontecer.

Sorria!!!
Sorria...
E consiga todos os bens que o sorriso
pode lhe dar pois sempre
que você sorrir uma estrela há de brilhar.

Supere-se...
Supere-se...
Seja melhor do que você já
é conquiste superioridade a cada dia.
Faça tudo o que você quiser.

Brilhe...
Brilhe...
E seja brilhante até nos passos em falso
que a vida dá. Tente, tente
até conseguir o que quer brilhe o máximo
que você puder.
Ame....
Ame...
Pois o amor é fundamental.
Tenha sempre alguém ao seu lado no
caminho pois, como dizia o poeta:
"É impossível ser feliz sozinho(a)!"
impossível ficar sozinho!!!
(autor desconhecido)





Os meus lábios procuram os seus

Na busca incessante do espelho meu
Sentir vontade do seu olhar
Pensar na calma de ter sua alma
Imensa fantasia de poder te amar
Colado ao meu lado a contemplar...
Por vezes o espelho se quebrou
Na união dos lábios não perfeitos
Um olhar que não tem jeito
De realizar a fantasia do amar...
O corpo que treme ao simples tocar
A face que floresce num pequeno sorriso
O sentimento mais profundo de um olhar...
Na busca incessante do espelho meu
Correndo o risco de encontrar um abismo
A necessidade da sua presença em mim
Me vejo no espelho, buscando sem fim...
Aonde está você se não dentro de mim ?
Um coração que atrai a força de amar
Busca a sensação que só volta a enlaçar
Os sentimentos unem a imagem no espelho
E olho-me na busca de ter você por inteiro

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

ALGUEM TE AMA

Alguem no dia de hoje
ja lhe deu carinho ou amor?
Alguem lhe tratou com respeito
ou falou do seu valor?
se nada disso foi feito
nao fique triste desse jeito
Pois o ser humano esquece
E nem sempre reconhece
os valor das pessoas....

Voce ja disse no dia de hoje
Para alguem que o ama?
Voce hoje ja falou para DEUS
Que depende dele e o adora?
Se nada disso estiver acontece,
voce nao sabe o que esta perdendo.
Quando nos damos,
Quanso de nos saimos
Encontramos o sentido para a vida
E a nossa existencia fica mais florida.....
dê valor..